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A GESTÃO DE ANDRES RUEDA

Dívidas na casa dos 200 milhões e o pior cenário financeiro do clube na década. Como Andres Rueda trabalha para sanar o rombo do Santos herdado das gestões passadas.

Eleito presidente do Santos nas eleições ocorridas no final de 2020, Andres Rueda assumiu um legado de dívidas provenientes das más gestões anteriores a ele. Com mandato válido até 2023, sua promessa de campanha foi de austeridade para equilibrar a parte financeira do clube, mas de forma que não atrapalhasse o desempenho esportivo do time. É um desafio enorme, o clube conseguirá manter sua competitividade enquanto equilibra suas contas?

No último dia 17 de julho, o clube soltou um comunicado dando duas notícias a sua torcida. A primeira era de um acordo com a empresa Doyen, responsável pelo fornecimento do empréstimo que foi utilizado para a compra de Leandro Damião em janeiro de 2014. A dívida era referente à última parcela do empréstimo, no valor de cinco milhões de euros, que deveria ter sido paga em setembro de 2019, mas que por não ter ocorrido acabou na reabertura de uma discussão judicial, fazendo com que o valor chegasse a 15 milhões de euros. Em nova negociação, o clube chegou a um acordo para renegociar a dívida para aproximadamente 6,7 milhões de euros, parcelados até dezembro de 2023, último mês do mandato de Rueda.

A segunda notícia foi sobre a confirmação da venda do zagueiro Luan Peres, que rumou ao Olympique de Marseille, pedido do técnico Sampaoli para a nova temporada que ira se iniciar. Segundo informações do Lance, os valores giram em torno de quatro milhões de euros. Vale lembrar que em Abril ocorreu-se a venda de Soteldo, principal jogador junto com o Marinho da temporada 2020, e corre-se o sério perigo de perder Kayo Jorge de graça, uma vez que clube e jogador ainda não chegaram a um acordo por renovação e como resta apenas seis meses para o fim de seu contrato, o atual centro avante titular do alvinegro praiano já pode assinar um pré-contrato com qualquer clube e sair de forma gratuita ao final do ano.

Luan Peres posa com a camisa de seu novo clube
Fonte: Twitter do Olympique de Marseille

Tudo isso vai de encontro com o discurso de Rueda durante sua campanha, mas é de certa forma previsível, uma vez que quanto menos receitas variadas o clube possui, a venda de jogadores passa a ser a principal e fundamental fonte de renda. É necessário ressaltar que, até o momento, o presidente também não tem feito loucuras, fez corte nos gastos em vários setores e trouxe apenas reforços por empréstimo ou que estavam livres no mercado. E ainda na demissão do técnico Ariel Holan, não foi necessário o pagamento da multa prevista no contrato, já que as partes chegaram a um acordo amigável.

É inegável que gerir um clube como o Santos é um grande desafio, principalmente na atual situação de forte endividamento e pouco arrecadamento. Mas vale ressaltar que na balança do ser forte esportivamente e ter as contas em dia, ambos na medida do possível e em curto prazo, Andres Rueda tem se saído bem. Nesses sete meses de mandato o time acaba de classificar para a próxima fase da Sul Americana, está a dois pontos do G6 no Brasileirão e nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Seguimos acompanhando e torcendo pela melhora das condições financeiras do clube, mas olhando de perto e cobrando a continuidade da gestão de forte austeridade mesmo em caso de fracasso esportivo. O caminho até as glórias só será possível se a estrada até lá for pavimentada com responsabilidade.

Fonte: Ivan Storti/Santos FC
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Por Gabriel Diniz

Estudante de jornalismo, apaixonado por esportes.
@obieldiniz nas redes sociais

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